quinta-feira, 29 de setembro de 2016


MANDALA COMO RECURSO PSICOTERAPÊUTICO 

As mandalas exercem funções terapêuticas e por isso vem sendo muito utilizadas na abordagem neuropsicopedagógica. Há uma estimulação neural que pode ocorrer através do trabalho com mandalas.
Pode-se colorir, completar ou inventar. O colorido da mandala pode ser realizado por todo mundo, crianças ou adultos que saibam ou não desenhar. Cada um escolhe as cores, a intensidade da cor e seu material de pintura (aquarela, tintas, ceras, lápis de cor, etc.) em função do seu estado de ânimo. Interessante também colocar uma música de fundo suave se assim o desejar.
Ao desenhar a partir do centro para o exterior podemos abrir o coração e expandir-nos.
Ao desenhar do exterior para o centro, nos concentramos, interiorizamos e evitamos a dispersão.
É interessante deixar que a criança ou o adulto pinte como quiser, sem intervir, sem induzir a nada. Que sigam seu coração. Também se pode trabalhar uma mandala com intenção, pensando no Amor, na Paz ou no que desejamos aprofundar ou adquirir.
Toda a atividade com mandala corresponde a um trabalho interior. O efeito, ao trabalhar com a mandala, ao percorrê-la, contemplá-la, colori-la é também iniciar uma viagem para seu próprio centro, seu coração. Permite conectar com seu próprio ser interior. Da mesma forma podemos trabalhar os labirintos, os padrões universais ou simplesmente o desenho livre.
Os benefícios de desenhar ou pintar mandalas são múltiplos:
- Permite um trabalho de meditação ativa.
- Nos conecta com nossa essência.
- Proporciona fluidez com o mundo exterior.
- Ajuda a expandir nossa consciência.
- Desenvolve a paciência.
- Aumenta a intuição.
- Recobra o equilíbrio e permite centrar-se
- intuição criativa, sossego, harmonia e calma interna.

Que tal começar a pintar agora? Clique no link abaixo e escolha a sua!!!

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Psicóloga Juliana Censi Pintor
CRP 06/73552
Clínica Humanização - 11.4587.9174
Rua Maestro Francisco Farina, 272 - Vila Progresso - Jundiaí

quinta-feira, 11 de agosto de 2016


COMO AJUDAR SEU FILHO QUANDO ALGUÉM NA FAMÍLIA ESTÁ COM UMA DOENÇA GRAVE

Uma doença na família traz muitas mudanças familiares e muitos sentimentos sobre estas mudanças. Quando alguém está com uma doença grave, toda a família é afetada. Alguém pode receber a maior parte da atenção. Alguém pode se sentir esquecido. Alguém pode começar a fazer coisas para ter suas necessidades atendidas. Uma coisa é certa, o equilíbrio familiar fica alterado e todo mundo faz mudanças para tentar encontrar o equilíbrio.

1) É sempre melhor, que um dos pais, dê a notícia. Seja honesto, sem explicar exageradamente. Os medos e fantasias infantis muitas vezes são piores do que a realidade.
2) Ao contar sobre a doença, comunique que ela não está sozinha, que você está com ela.
3) Descreva o que a criança pode esperar se visitar no hospital.
4) Ofereça oportunidade de, quando possível, aproximar-se fisicamente da pessoa doente, sentar-se na cama, tocá-la, abraça-la.
5) Cuide de si mesmo(a). As crianças costumam copiar nossos comportamentos.
6) Assegure a criança, que embora esteja triste, é forte e será capaz de cuidar dela. Explique que a doença não é culpa dela e que não havia nada que pudessem fazer para mudar.
7) Encoraje a comunicação. Não suponha que o silencio significa falta de interesse.
8) Compartilhe seus verdadeiros sentimentos para ajuda-las a compreender os próprios sentimentos. Dores de cabeça, estomago e problemas de comportamento podem ser causados por sentimentos reprimidos.
9) Proporcione momentos de brincadeiras para a liberação da energia e da expressão. Sentimentos de abandono, desamparo, ansiedade, apatia, raiva, culpa e medo são comuns numa família com uma doença grave.
10) Tente manter uma rotina. As crianças precisam de estrutura para se sentirem seguras durante períodos de estresse. As crianças podem receber mais apoio de outros membros da família, vizinhos e amigos. Elas precisam crescer sabendo que existe alguém com quem contar. Caso contrário podem tornar-se excessivamente independentes ou desconfiadas.
11) Caso a criança pergunte se você vai morrer, assegure-lhe que provavelmente viverá muito e que ela, sem dúvida, já será adulta e terá sua própria família na época em que você morrer. Fale quem poderá tomar conta dela, na improvável eventualidade de sua morte

Psicologa Juliana Censi Pintor
CRP 06/73552
Clinica Humanização
Rua Maestro Francisco Farina, 272 -Vila Progresso Jundiai

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quarta-feira, 22 de junho de 2016

12 frases que você pode dizer para acalmar uma criança ansiosa


É hora de ir para a escola. O transporte vai chegar a qualquer minuto.
Então, você ouve: "Mãe, eu não quero ir para a escola."
Seu coração aperta. Aqui vamos nós novamente. A mesma conversa que geralmente acaba em lágrimas.

"Você vai ficar bem, querido!" você diz alegremente. "Não há nada com que se preocupar!"

Mas suas palavras não adiantam. Seu filho está totalmente convencido de que nem tudo está ok e que há uma abundância de coisas para se preocupar. Suspirando, você se senta no sofá e procura na sua mente algo mais útil a dizer.
Se o seu filho luta com a ansiedade, você sabe o desafio que é encontrar as palavras certas para dizer quando ele ou ela está preocupado. Não é fácil se conectar com a ansiedade de nossos filhos, com a nossa e ao mesmo tempo, oferecer apoio e encorajamento.

O que dizer para acalmar uma criança ansiosa:

1) "Me parece que você está preocupado. Eu estou aqui, você está seguro. " A ansiedade tem uma maneira de fazer as coisas parecerem piores e se sentir mais assustador do que realmente são. Estas palavras podem expressar reconhecimento dos sentimentos e oferecer conforto e segurança quando o seu filho está se sentindo fora de controle, especialmente se eles estão no auge da sua preocupação.

2) "Me fale sobre isso... (medo)." ou "Vamos falar sobre as suas preocupações" (controle a sua ansiedade para deixá-lo falar) Dar a oportunidade a seu filho de falar sobre os seus medos, sem interromper. Algumas crianças precisam de tempo para processar seus pensamentos. Não ofereça soluções ou tente corrigi-lo.

3) "Qual o tamanho da sua preocupação?" Ajude seu filho a verbalizar o tamanho de sua preocupação e dar-lhe um retrato exato de como se sente. Eles podem representar a sua preocupação usando o comprimento do braço (mãos juntas ou braços esticados bem separados) ou desenhando três círculos em um papel (pequeno, médio e grande) e escolher aquele que se aplica.

4) "Se sua preocupação fosse um bicho, qual seria? (descreva em tamanho, forma e cor) O que podemos dizer ao seu bicho?" Criem juntos algumas frases, para dizer ao bicho: "Eu não tenho que ouvir você" "! Vá embora" "Eu sou mais forte que você" "Minha mãe/professora é maior que você!"



5) "Você pode desenhá-lo?" Muitas crianças não conseguem expressar suas emoções com palavras. Incentive-as a desenhar, pintar ou representar suas preocupações sobre o papel. Quando terminarem, fazer observações descritivas e dar-lhes uma chance de explicar o que desenharam.

6) "Vamos mudar o final da história." As crianças ansiosas, muitas vezes se sentem presas no mesmo padrão, sem uma saída. Ajude-as a ver opções diferentes para sua história! Criar algumas novas terminações. Algumas podem ser bem bobas e até divertidas: "Era uma vez um menino chamado Sérgio. Um menino como você e eu, que as vezes tinha medo e às vezes era corajoso... Ele olhava para o monstro e dizia... Se continuar me assustando assim vou chamar um monstro de 1 olho só, 2 bocas, 3 chifres, 4 trombas, 5 umbigos, 6 línguas... (sugestão de livro: O Domador de Monstros de Ana Maria Machado) Vai ser uma gargalhada só.

7) "Que outras coisas que você sabe sobre (diga o que amedronta a criança)?" Algumas crianças se sentem incapazes de lidar com seus medos por não o conhecerem (por exemplo: trovões, enchentes, cachorros, aranhas, etc.). Peguem um livro da biblioteca ou façam uma pesquisa na internet: "Quando é que a aranha pica?", "Quais os cuidados que podemos tomar quando trovejar?", "Como as pessoas podem se manter seguras?"
8) "Das estratégias que acalma, qual você deseja usar?" Trabalhe anteriormente para criar uma lista de estratégias para acalmar seu filho. (Me acompanhe no instagram @juliana.psicologa que verá algumas sugestões) Praticá-los durante o dia, em momentos aleatórios quando seu filho se sente calmo. Quando a criança sente uma preocupação  em seus pensamentos, incentivá-la a escolher algo a partir da lista.

9) "Eu vou fazer uma respiração profunda, me acompanhe... cheirando a florzinha... e assoprando a velinha, lembrando que não podemos apaga-la". Às vezes nossos filhos estão tão preocupados que eles resistem ao nosso encorajamento para escolher uma estratégia calmante. Neste caso, utilize você da sua habilidade calmante! Verbalizar o que está fazendo e como está se sentindo. Alguns pais podem colocar o ouvido de seu filho sobre o peito para que possam sentir o coração se acalmando e dizer..."Você está seguro... Você dominou esse medo antes... nós temos um plano"

10)  "Eu não vejo a hora de saber o que aconteceu com o "Incrível Hulk" no filme..."É difícil ver nossas crianças sofrerem de preocupação. Muitos pais correm para socorrer seu filho de uma situação que produz ansiedade tentando mudar o foco da conversa. Esta estratégia também é válida, mas não perdurará por muito tempo se somente assim a fizer. Assim que tiver a oportunidade converse com seu filho sobre a ansiedade, incentive-o dizendo que ele vai sobreviver a este sentimento difícil, trazendo até este assunto para falar quando estiverem juntos mais tarde - quando voltar da escola ou quando se sentarem pra almoçar, etc.

11) "O que eu posso fazer para te ajudar?" Em vez de assumir que você sabe o que seu filho precisa, dê-lhes a oportunidade de dizer o que iria ajudar. As crianças mais velhas são capazes de verbalizar, se eles precisam de você para ouvir, dar um abraço, ou ajudá-los a encontrar uma solução. Se você não pode fazê-lo, expresse verbalmente o seu desejo: Eu adoraria que os adultos pudessem ir a escola também...!"

12) "Este sentimento vai passar, eu já senti isso também" Demonstrando reconhecimento do sentimento da criança e solidariedade.Todos os sentimentos passam.

Temos que ter um olhar diferenciado para cada criança diante da ansiedade e preocupação.Você é o especialista em seu filho. Se você tentar algo e não resolver, não entre em pânico. Basta escolher outra opção a partir da lista para tentar na próxima vez. Provavelmente você vai encontrar algumas formas que são mais eficazes do que outras para acalmar o seu filho.

Quando suas preocupações ficarem grandes ou as preocupações do seu filho estiverem afetando o rendimento na escola, sono ou hábitos alimentares ou estiverem impactando negativamente a rotina diária, busque o apoio de um profissional de saúde mental.

Sugestões adaptadas do site Lemon Lime Adventures
Psicologa Juliana Censi Pintor
CRP 06/73552
Clinica Humanização
11.4584.9174



sábado, 16 de abril de 2016

23 dicas para seu filho se dar bem na escola


Quanto mais os pais participam da vida escolar, mais os filhos aprendem.

O papel dos pais é fundamental no desenvolvimento dos filhos.


apoio dos pais e a manutenção de um bom ambiente familiar como extensão da escola são fatores indispensáveis para o desenvolvimento educacional dos filhos. A família pode colaborar de várias maneiras: participando das reuniões da escola e verificando o caderno do estudante diariamente; conversando sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e impedindo que o filho falte às aulas.
Veja a seguir como colaborar para que o seu filho se dê bem na escola a partir de dicas simples e práticas, baseadas em pesquisas e na experiência dos melhores profissionais da área no Brasil e no mundo.

1.       Ajude na melhoria do rendimento escolar
Pesquisas mostram que quando os pais acompanham e se envolvem com os estudos dos filhos, as notas dos estudantes aumentam significativamente.

2.       Pergunte o que ele aprendeu
É muito importante perguntar o que ele aprendeu nas aulas e mostrar que você está interessado na vida escolar do seu filho. Se puder, peça que ele lhe ensine algo novo –
isso vai ajudá-lo a fixar o conteúdo.

3.       Não o deixe faltar às aulas
Assistir às aulas todos os dias, do começo ao fim, é importante para entender as matérias e não perder o fio da meada. Não o deixe faltar sem necessidade! Nem mesmo chegar atrasado.

4.       Estimule-o a estudar
Filhos estimulados pelos pais a fazer os deveres têm um desempenho melhor. Atenção: estimular não é fazer a lição por ele, mas ajudá-lo a descobrir as respostas por conta própria.

5.       Combine um horário de estudo
Combine um horário para os estudos e separe um lugar da casa para isso. Se usar a mesa de refeições, por exemplo, tire o que puder atrapalhar. Ah, não se esqueça de desligar a TV, para que ele se concentre nos deveres.

6.       Mostre que estudar pode ser exigir esforço mas é um prazer
Estudar é a única obrigação do seu filho, certo? Mas, e se, além disso, fosse um prazer? Não seria melhor? Compartilhe esse momento. Acompanhe-o, ajude-o a chegar às conclusões sozinho e mostre interesse, mesmo se não souber a resposta certa.

7.       Seja paciente
Errar, já diz o ditado, é humano. E faz parte da aprendizagem. Se você tiver certeza de que o seu filho está errando, peça para ele ler novamente as respostas dos exercícios em que tem dificuldade. Nunca, nunca, o chame de burro, de lento, de lerdinho. Cada pessoa tem um tempo para aprender - respeite isso.

8.       Confira os cadernos
Olhe os cadernos e as apostilas dele e mostre interesse pelos trabalhos. Ao perceber que ele se dedicou, dê valor. Afinal, este é o trabalho dele nesta fase da vida.

9.       Pergunte nas reuniões
Nas reuniões de pais e mestres, pergunte qual conteúdo será desenvolvido em cada matéria e incentive a aprendizagem em casa.

10.   Converse sobre as notas
Se ele estiver com nota baixa, converse com o professor e veja como pode ajudar. Quanto antes ele começar o reforço escolar, melhor.

11.   Garanta o acesso aos livros
Pesquisas mostram que quanto antes as crianças tiverem acesso aos livros, melhor será o desempenho delas na escola, pois a leitura é base para todas as matérias. Atenção: não obrigue seu filho a ler. Estimule-o. A leitura tem de ser um momento de lazer e de prazer.

12.   Leia sempre
Leia sempre - é bom para você e excelente para o seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente. Converse com ele sobre o livro, a revista ou o jornal que estiver lendo. Deixe seus livros ao alcance das mãos dele. Livro é para ser lido, não é para enfeitar prateleira.

13.   Abuse das bibliotecas/ livrarias
Faça uma ficha para o seu filho na biblioteca mais próxima da sua casa. Aproveite e se possível folheie livros na livraria.

14.   Passe tempo de qualidade com o seu filho
Muitas brincadeiras são verdadeiros estímulos. Principalmente aquelas que incentivam a leitura, a escrita ou os cálculos. Exemplos de brincadeiras legais: forca, caça-palavras, palavras cruzadas.

15.   Seja coerente
Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia na frente do seu filho.

16.   Use dicionário
É importante buscar o significado correto das palavras para aumentar o vocabulário e a capacidade de expressão. Também é bom saber usar a grafia correta. Incentive o seu filho a não usar abreviações no computador.

17.   Escreva sempre
Escreva sempre que puder - bilhetes, cartas, e-mails, listas de compras... Pais que utilizam a escrita em casa ajudam na escrita dos filhos. Além disso, quem escreve melhor fala melhor!

18.   Acompanhe a qualidade da escola
Acompanhe a qualidade da Educação da escola de seu filho.

19.   Conheça os professores
É importante conhecer os professores do seu filho e se familiarizar com o ambiente que ele frequenta todos os dias.

20.   Valorize o professor
Apoie o trabalho dos professores e mostre que você admira a profissão. Afinal, eles serão os grandes responsáveis pela Educação de seu filho. Pergunte a eles o que será ensinado e como você pode ajudar.

21.   Converse com o professor
Converse com o professor do seu filho sempre que possível. Se não concordar com a opinião do professor, fale com ele a sós, ou com a coordenação e nunca na frente do seu filho. Ensine, sempre, o seu filho a ouvir o professor e respeitá-lo.

22.   Engaje-se na escola
Exerça a cumplicidade, não tenha vergonha de apresentar o seu ponto de vista à diretoria e aos professores da escola. Critique, elogie, faça sugestões sempre.

23.   Vá às reuniões escolares
É nas reuniões que você conhece a escola a fundo, acompanha o aprendizado, esclarece dúvidas gerais, vê seu filho sob outros pontos de vista.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Fica comigo?

Ninguém conseguirá nos entregar o que mais queremos em qualquer relacionamento: um colo eterno

O primeiro namoro passa, o primeiro trabalho, o terceiro apartamento alugado, a quinta decepção. Incontáveis pessoas passam. Até nós passamos: minha identidade de adolescente não chega a conhecer a identidade de avô. Diante de tanta impermanência, buscamos por refúgio. O que será que não passa? Ao valorizar a família e o casamento eterno, na verdade o que desejamos são seres que fiquem. Porque somos inábeis em cultivar relações duradouras, apostamos na conexão sanguínea, que nos obriga à continuidade. Funciona como uma garantia: você é meu irmão, não há como me largar. “Você entrou para a família” é sinônimo de “Agora posso contar contigo”. É muito mais raro nos posicionarmos de modo elevado para que isso surja com mais gente, então trocamos a grande família da humanidade por uma família que cabe em um churrasco. Isso explica a quantidade de relações nas quais ambos se agridem, mas nunca cogitam a separação — o outro só me atrapalha, mas ele volta pra casa há mais de dez anos… onde vou achar outra pessoa permanente assim? Não apenas nos primeiros beijos, desde a primeira mamada até a última exalação na hora da morte, repetimos o pedido “Fica comigo?”. Antes de uma pessoa querer ficar com você, ela quer ser feliz. Ninguém vai conseguir nos entregar o que estamos pedindo. Nós também não parecemos capazes de realmente estar lá pelo outro. Mal estamos lá por nós mesmos! Na romântica melodia I’ll Be There for You (Eu Estarei Lá por Você, em tradução livre), atente para a conjugação do verbo no futuro: nossa presença é promessa. Por mais que tenhamos bons amigos e familiares, eles não têm como parar tudo e olhar com calma para a nossa vida. É triste observar como uma pessoa pode sofrer e se enganar por décadas, sem que ninguém ao redor perceba. Estamos irremediavelmente sozinhos. Se ignoramos a realidade da solidão, nos apegamos e tentamos prender o outro. Por outro lado, não podemos evitar: estamos conectados. Se ignoramos a realidade da conexão, nos deprimimos e evitamos os outros. O fato de estarmos conectados coexiste com o fato de estarmos sozinhos, um não  reduz o outro. Quando nos comunicamos com a solidão do outro, estamos reconhecendo sua liberdade de ir embora a qualquer momento. O amor aumenta com a solidão. A má notícia é que seremos miseráveis enquanto teimarmos em exigir colo dos outros. A boa notícia é que seremos felizes na exata medida em que abandonarmos a esperança do colo prometido. É como se fizéssemos o voto de ficar para sempre não com alguns, mas com todos os seres – não abandonar, não desistir, beneficiar de mil maneiras. Como você se relacionaria se nunca mais fosse se separar? O segredo da nossa estabilidade é não mais precisar de colo. Claro, podemos dar e receber colo, mas o verdadeiro presente que oferecemos é aquele que o outro já tem: a mesma felicidade que descobrimos, essa de ser como o céu, sempre disponível, ou como a terra, imperturbável, apoiando tudo e todos sem distinção.
GUSTAVO GITTI é professor de TaKeTiNa (florescimento humano pelo ritmo). Seu site é gustavogitti.com

quarta-feira, 2 de março de 2016

3 passos para fixar na memória tudo que você estuda


Uma das principais dificuldades do estudante é conseguir se lembrar de tudo que aprendeu. Você até se lembra que foi para a aula, abriu o livro e começou a leitura… Mas, e do conteúdo? Zero? Isso tem uma explicação. Alberto Dell’Isola, conhecido como “o homem-memória brasileiro”, conta no livro “Supermemória – Você também pode ter uma” que esse esquecimento é algo normal do cérebro, mas que existem maneiras de burlar o branco.
A curva do esquecimento
Dell’Isola explica que muitos estudantes o procuram preocupados com a qualidade de leitura que fazem, alegando que ela é “tão ineficiente”, que após alguns dias não se lembram mais do que leram. Para o especialista, isso não tem nada a ver com o processo da leitura em si, mas sim com uma coisa chamada “curva do esquecimento”.
Descoberta em 1885 pelo filósofo alemão Hermann Ebbinghaus, a curva mostra o quanto de informações nosso cérebro é capaz de reter com o passar do tempo, após uma sessão de estudos com uma hora de duração.
curva-esquecimento
Ela se inicia no zero, porque começa a contar um pouco antes do momento em que o estudante inicia a sua sessão de estudo. Ao final da leitura do conteúdo, a curva atinge o ponto máximo, o que significa que ele se lembra de 100% do assunto ensinado (ou, como diz Dell’Isola, “ao menos saberá o máximo que ele tem condições de aprender, dado o conhecimento prévio sobre o assunto”).
Percebam que a curva vai caindo com o passar dos dias. Logo no segundo dia depois do fim dos estudos, caso não tenha feito nenhuma revisão, o estudante provavelmente se lembrará de pouca coisa, por volta de 50% do que aprendeu. Segundo o especialista, as pessoas se esquecem mais nas primeiras horas do que ao longo de 30 dias. Ao final do primeiro mês, restará apenas uma vaga lembrança e a impressão que ficará é a de que você nunca estudou aquele conteúdo, porque nosso cérebro está acostumado a descartar informações que não são reutilizadas com frequência.
Para mudar isso, Dell’Isola recomenda três passos:
1) Nas primeiras 24 horas após a sessão de estudo, para cada leitura de uma hora, faça uma revisão de dez minutos. Ela deve ser feita nesse período de tempo, porque é o momento em que mais perdemos informações e isso será suficiente para “segurar” a sua memória. Para ajudar no processo você pode usar fichas-resumo, reler as informações anotadas no caderno ou gravar trechos da aula para ouvi-los depois.
2) No sétimo dia após a sessão de estudo (ou seja, uma semana depois) dedique apenas cinco minutos para reativar na memória esse material.
3) Ao final de 30 dias, pratique o conteúdo durante 2 a 4 minutos e isso deverá ser suficiente para ajudá-lo a se lembrar novamente do que estudou.
Essa técnica é útil para pessoas que estudam grandes volumes de informações, como concurseiros e vestibulandos. Você pode colocá-la em prática durante algumas semanas ou meses para ver se ela funciona no seu caso. Muitas vezes os estudantes não têm tempo para agendar revisões em seus cronogramas, mas essa aqui vale a pena tentar! São pouco minutos (você só precisa revisar no máximo durante 10 minutos uma sessão de uma hora) e se você revisa não precisa passar mais outra hora reaprendendo o conteúdo antes das provas.
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/blogs/dicas-estudo/2015/04/29/3-passos-para-fixar-na-memoria-tudo-que-voce-estuda/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_guiadoestudante

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O uso do biofeedback como recurso terapêutico


O biofeedback, como uma ferramenta complementar-integrativa, pode ser usado em diversas situações como um recurso terapêutico, quer seja antes, durante, ou depois da consulta.
Ele pode ser utilizado tanto na anamnese e na entrevista inicial, como para a avaliação quantitativa do estado emocional do paciente após o tratamento; bem como, pode ser útil depois do tratamento.

O biofeedback pode ser empregado de forma complementar e integrativa em Terapia Cognitivo Comportamental, Terapia do Campo de Pensamento, Experiência Somática, EMDR, Brainspotting, Hipnose entre outros tantos casos. Ele pode ampliar os estados psicofisiológicos, tornar visível o invisível.
São inúmeros os relatos de pacientes que mostram a utilidade do biofeedback.
Muito interesse tem sido demonstrado por profissionais da saúde no uso de aparelhos de biofeedback, que ajudam a pessoa a encontrar qual é seu estado de coerência cardíaca e, assim, a obter resultados muito promissores.
O estado de coerência cardíaca ajuda a promover a homeostasia de forma natural, dando oportunidade à liberação da inteligência do corpo para estabelecer a autorregulação. No estado de coerência cardíaca, há reflexos positivos na fisiologia do sujeito com reequilíbrio do sistema nervoso autônomo.
Esse reequilíbrio permite o que o corpo busque sua homeostasia. Como consequência, observa-se aumento da saturação de oxigênio no sangue e, com isso, uma melhor oxigenação do cérebro e do córtex pré-frontal; ele propicia treino barorreflexo, com redução da hipertensão; redução da tensão, através de relaxamento muscular, e redução de dores crônicas; redução da frequência cardíaca; redução do excesso de cortisol, pela atuação no eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), com consequente aumento do hormônio da juventude (DHEA); isso tudo melhora o funcionamento do sistema cardiovascular.


Com o equilíbrio do sistema nervoso autônomo, há atuação de forma natural no sistema límbico (sistema emocional) e, com isso, há redução da hiper-reatividade da amígdala do hipocampo. Assim, ocorre redução do estresse, ansiedade e depressão; também há redução da insônia, hiperatividade, e da falta de atenção. Ocorrem ainda, clareza de raciocínio, aumento da resiliência, maior socialização, formação de espírito de equipe, e melhora da autoconfiança.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e em Cingapura, por Steven M. Morris, concluem que, quando um conjunto de pessoas treinado em alcançar a coerência cardíaca o faz, terceiras pessoas, não treinadas, têm aumento de 50% no estado de coerência.


Os autores buscam assim demonstrar que os benefícios obtidos pelo treinamento em coerência podem se estender a outras pessoas. Isso pode explicar que, quando o ambiente é positivo, com pessoas comungando do mesmo estado emocional, há formação de um campo de harmonia. Steven M. Morris, sugere a formação de um campo de energia coerente e demonstra a possibilidade de comunhão desse estado entre pessoas, por meio de biocomunicação coração-coração.

Texto de Dr. Fernando B. T. Leite, extraído do blog cardioemtion


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